Biografia

João Câmara

João Câmara Filho nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1944. Teve seu primeiro contato com as artes plásticas através do curso livre da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco, aos 16 anos, e, desde então, não parou mais de pintar.

Participou da reinstalação da Sociedade de Arte Moderna de Recife (SAMR) e da instalação da Galeria de Arte e do Atelier Coletivo do Mercado da Ribeira, em Olinda, do Atelier + 10, também em Olinda, e da Oficina Guaianases de Gravura, em Recife.

Criou três grandes séries temáticas: Cenas da Vida Brasileira (10 pinturas e 100 litografias), Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara (diversas litografias, um tríptico, 10 pinturas, 70 gravuras, 22 montagens e 3 objetos) e Duas Cidades (38 pinturas e 18 objetos). Além das três séries, vem compondo, desde os anos 60, um grande repertório de obras não seriadas.

Ao longo de sua carreira, tem feito exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Possui obras em museus brasileiros e estrangeiros e em coleções públicas e particulares. Tem colaborado em jornais e revistas sobre artes plásticas, e publicado diversos livros sobre suas obras e seu trabalho.

O artista reside e trabalha em Olinda, Pernambuco. Seu acervo, a documentação sobre a sua obra e sua produção corrente podem ser vistos, sob agendamento, na reserva técnica instalada em Recife

Cronologia

Cronologia

1944
João Câmara Filho nasce em João Pessoa, Paraíba. Filho de João Landelino Dornelas Câmara Neto e Noêmia de Araújo Câmara. O pai, pernambucano e funcionário público; interessado em Literatura, escreveu poesias. A mãe, paraibana da cidade de Itabaiana, também funcionária pública. Casaram-se em 1930, tiveram dois filhos, Divanise e Leônidas, irmãos mais velhos. Durante a 2ª Guerra Mundial, a família transferiu-se para João Pessoa, onde João Câmara vive sua infância, até os sete anos. Faz suas primeiras letras na escola das Lourdinas e em escola particular.

1952
Com a família, muda-se para o Rio de Janeiro e Niterói, aqui faz uma parte do curso primário no Educandário Marília Matoso. Reside no Rio de Janeiro até 1954.

1954
No Rio de Janeiro, vê a passagem dos tanques pelas ruas no dia do suicídio de Getúlio Vargas. No mesmo ano, regressa ao Nordeste, fixando residência no Recife, onde conclui o primário, o ginásio e o colegial nos Colégios Salesiano e Nóbrega. Faz, nesse período, caricaturas e, posteriormente, frequenta a casa do pintor José Tavares, do qual recebe as primeiras orientações sobre pintura.

1960
Paralelamente aos estudos no Colégio Nóbrega, o artista faz exame de admissão ao Curso Livre da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco. É aluno de Laerte Baldini e Fernando Barreto. Frequenta curso pré-vestibular para a Faculdade de Medicina, mas não chega a prestar exames, decidindo-se a cursar Psicologia.

1962
Primeiro ateliê em uma pensão à Rua João de Barros. Recebe o primeiro prêmio de Pintura e o segundo de Desenho no Salão Universitário de Belo Horizonte e, também, primeiro prêmio de Pintura no Salão do Estado de Pernambuco, Recife. Participa da II Mostra Panorâmica – “50 Anos de Pintura em Pernambuco”, na Galeria de Arte do Recife. Inicia publicação de textos sobre arte no Suplemento Cultural do Diário de Pernambuco.

1963
Participa da mostra “Artistas do Nordeste”, organizada por Lina Bo Bardi, no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador. Viagem a Salvador, Bahia, onde frequenta, como ouvinte, as aulas de xilogravura de Henrique Oswald, na Escola de Belas Artes, sob orientação de Emanoel Araújo. Realiza primeira exposição individual de desenhos na Galeria de Arte Contemporânea da Universidade da Paraíba. Inicia publicação de coluna sobre artes plásticas, no Jornal Última Hora, de Recife, e em programas na Rádio Universitária da Universidade Federal de Pernambuco. Com outros artistas de Pernambuco, reinstala a Sociedade de Arte Moderna de Recife – SAMR – sendo eleito presidente – e, também, a Galeria de Arte do Mercado da Ribeira, Olinda.

1964
Ingressa no curso de Psicologia Aplicada da Universidade Católica de Pernambuco, bacharelando-se em 1968. Volta a ser premiado no Salão de Pernambuco, com gravura. Exposição individual de desenhos e gravuras na Galeria Rozemblit, Recife. Funda o Ateliê Coletivo da Ribeira, em Olinda, com Adão Pinheiro, José Tavares e Guita Charifker.

1965
Na exposição da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, tem, ao lado de Wellington Virgulino e Alves Dias, uma de suas obras confiscadas pela polícia política, sob alegação de “ofensa à Religião, aos costumes, à Revolução e às entidades democráticas”. Participa da mostra “Seis Artistas Pernambucanos”, no Museu de Arte Moderna do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

1966
Sala Especial na I Bienal da Bahia, Salvador, obtendo prêmio de aquisição. Faz parte da representação brasileira à III Bienal de Córdoba, na Argentina, e recebe o prêmio instituído pela Bolsa de Comércio de Córdoba. Integraram o júri: Alfred Barr, Amold Bode, Sam Hunter, Carlos Raul Villanueva e Aldo Peregrini. Funda, com Anchises, Delano e Maria Carmen, o Atelier   10, em Olinda. Expõe nas Galerias de Arte Conciliação e Ônix, em Recife. Publica, no Jornal Diário de Pernambuco, a série de textos sob título Notas para Antes e Depois do Quadro (I, II, III). Ateliê no Bairro de Campo Grande, Recife.

1967
Conquista o Grande Prêmio do IV Salão Nacional de Arte Contemporânea, Brasília, com o tríptico Exposição e Motivos da Violência, exposição também fechada pela polícia política. Faziam parte do júri os críticos Mário Pedrosa, Clarival do Prado Valladares, Walter Zanini, Mário Barata e Frederico Morais. Participa da mostra “Oficina Pernambucana”, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Leciona Pintura no Curso de Extensão Artística da Universidade Federal da Paraíba, atividade que desenvolve até 1970. Publica a série de textos sob título Notas para Antes e Depois do Quadro (IV, V, VI).

1968
Gradua-se em Psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco. Sala Especial com Gilvan Samico na II Bienal da Bahia. Exposição individual na Galeria da Empresa Pernambucana de Turismo. Grande Prêmio do IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal. Começa a escrever a coluna Arte e Outras, no Diário de Pernambuco.

1969
Em São Paulo, participa da X Bienal de São Paulo, do Panorama da Arte Brasileira Atual, do XVIII Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, onde obtém Prêmio de Isenção do Júri, e da Prévia IV Bienal de Paris. Exposição na Galeria Mobília Contemporânea, Recife.

1970
Individual na Galeria Bonino, Rio de Janeiro. Participa do XIX Salão Nacional de Arte Moderna e da mostra “Arte Contemporânea Brasileira”, promovida pelo Banco de Boston, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. Dedica-se à litografia e tem o álbum LlTO 70 com texto de Gastão de Holanda, editado pela Minigraf, Recife.

1971
Participa das exposições: “XX Salão Nacional de Arte Moderna”, no Rio de Janeiro, “10 Artistas Nacionais”, no Paço das Artes, São Paulo, e “IX Resumo de Arte do Jornal do Brasil” (JB/Resumo de Arte), no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

Casamento com Maria Adelaide Didier do Rego Maciel.

1972
Exposições individuais nas Galerias Degrau, Recife e Ipanema, São Paulo. Exposição conjunta com Gilvan Samico e Guilherme de Faria na Casa de Olinda. Participa da mostra “Arte Brasil Hoje – 50 Anos”. Participa de mostra na Galeria Collectio, São Paulo, organizada por Roberto Pontual, do “XXI Salão Nacional de Arte Moderna”, Rio de Janeiro e de “Doações e Aquisições Recentes”, no Museu de Arte Contemporânea, São Paulo. Passa a residir e trabalhar em Olinda.

1973
Individual na Galeria Bonino, Rio de Janeiro. Participa do “Panorama da Arte Atual Brasileira”, São Paulo, e da coletiva “O Rosto e a Obra”, na Galeria do IBEU, Rio de Janeiro, organizada por Marc Berkowitz. É convidado oficialmente por Rubem Ricupero para a representação brasileira na XII Bienal de Veneza, mas sua participação não se efetiva.

1974
Participa da mostra “Renovação da Figura” na Maison de France, Rio de Janeiro. Individual na Galeria Ipanema, onde são mostradas as duas primeiras obras da série Cenas da Vida Brasileira 1930/1954, quadros 1937 e 1930. Começa os trabalhos litográficos das Cenas da Vida Brasileira, para os quais, com auxílio do colega Franklin Delano, instala prensas e equipamentos no ateliê de Campo Grande. Nesse local, com a reunião de outros artistas interessados em litografia, é fundada a Oficina Guaianases de Gravura S/C, que, em seguida, é transferida para o Mercado da Ribeira, em Olinda. A Oficina Guaianases de Gravura encerra suas atividades em 1998 e todo material é doado ao Departamento de Teoria da Arte da Universidade Federal de Pernambuco.

1975
Integra, como artista convidado, a exposição itinerante “Arte no Brasil – Documento/Debate”, 12 artistas, do X Salão de Arte Contemporânea de Campinas, Campinas, São Paulo, participando dos debates em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. É convidado a participar da Bienal de Medellín / Coltejer, na Colômbia. Fernando Monteiro realiza o documentário cinematográfico Simetria Terrível ou Mecânica de João Câmara.

1976
A série de obras Cenas da Vida Brasileira – 1930/1954, um conjunto de 10 painéis e 100 litografias, é apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Museu de Arte de São Paulo. Individual na Galeria Bonino, Rio de Janeiro. Frederico Morais realiza audiovisual (composto de 161 diapositivos) sobre as Cenas, apresentado durante a exposição e levado também à Arte Fiera em Bolonha, Itália. Participa da III Bienal de Arte Gráfica de Cali, Colômbia, da V Bienal de Arte Gráfica de Florença, Itália, e da mostra “20 Artistas Brasileiros”, no Centro de Arte y Comunicación, de Buenos Aires, sempre com litografias. Recebe Prêmio de melhor exposição de arte do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte. Ilustra com litografias o livro Seis Cantos do Paraíso, de Dante Alighieri, tradução de Haroldo de Campos, Editora Fontana, Rio de Janeiro.

1977
Inicia a realização do caderno-fonte de litografias para a série Dez Casos de Amor e Uma Pintura de Câmara.

1978
Individual na Galeria Juan Martin, México, com apresentação das 100 litografias das Cenas da Vida Brasileira. Inicia o tríptico Uma Pintura de Câmara.

Nascimento da filha Adriana.

1979
Desdobramentos, em painéis, do caderno-fonte de litografias. Participa da XV Bienal Internacional de São Paulo com O Baile da Ilha Fiscal, conjunto de um painel e cinco litografias da série A Caravana Uiva. Participa do XI Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, que tem como tema “Figuração Referencial”. Expõe, com a Oficina Guaianases, na Gravura Brasileira, Rio de Janeiro. Realização do filme-performance Um Tiro na Questão.

Nascimento da filha Joana.

1980
Participa da mostra “Destaques Hilton de Pintura”, itinerante em várias capitais brasileiras, e da II Bienal lbero-Americana de Arte, México, DF. Exposição de 50 litografias na Pinacoteca do Instituto de Artes da UFRGS. A pintura O Baile da Ilha Fiscal é adquirida para a Coleção Window South, Califórnia, Estados Unidos. Tem obras adquiridas pelas instituições: Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte de Toronto, Canadá, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Universidade Nacional Autônoma do México, Casa da Cultura de Juchitán, Oaxaca, México, e Museu de Arte de Belo Horizonte. A série Cenas da Vida Brasileira é adquirida pela Prefeitura da Cidade do Recife e doada por esta à Fundação de Cultura da Cidade do Recife. Hoje está abrigada no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, no Recife, para exposição em caráter permanente. É editado o livro Cenas da Vida Brasileira.

1981
Executa o díptico Carisma/Quaresma e conjunto de litografias, tomando por tema o arcebispo D. Helder Câmara. Individual na Galeria Bonino, Rio de Janeiro. Participa, como convidado, do Foro de Arte Contemporânea, México, onde apresenta o texto Representação Histórica e Expressão Crítica. É convidado por Oscar Niemeyer para realizar o painel interno do Monumento a Tiradentes, Brasília. O painel, sob o título de Inconfidência Mineira, finalmente viria a ser realizado para o Panteão Nacional de Brasília, inaugurado em 1986.

1982
Prossegue a realização dos painéis e das litografias da série Dez Casos de Amor e Uma Pintura de Câmara. Participa da mostra “Universo do Futebol”, no Museu de Arte Moderna do Rio e na Galeria Acervo, e “Salão do Futebol”, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Integra as comissões de seleção e premiação dos Salões de Arte de Fortaleza e Belo Horizonte. Participa, como convidado, do Simpósio Nacional de Artes Plásticas, no Recife, apresentando o texto Sugestões Para um Programa Nacional de Material Artístico de Nível Profissional, sendo indicado pela FUNARTE para integrar comissão de estudos do tema. Indicado para participar, como representante do Brasil, do concurso de Pintura sobre o Bicentenário de Bolívar, na Venezuela.

Nascimento do filho João.

1983
Conclui a série Dez Casos de Amor e Uma Pintura de Câmara, posteriormente exposta no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Publicado o livro Dez Casos de Amor e Uma Pintura de Câmara, com texto de Frederico Morais, em edição da Fundação Roberto Marinho. Viagem aos Estados Unidos a convite do Departamento de Estado, quando visita várias instituições de gravura, inclusive o Tamarind Institute, em Albuquerque, Novo México. Viagem a Cuba, onde expõe na galeria da Casa das Américas, em Havana, Cuba, 50 litografias da série Cenas da Vida Brasileira.

1984
Expõe as pinturas da série Dez Casos de Amor e Uma Pintura de Câmara, na Galeria São Paulo. A série Dez Casos de Amor é exposta no Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, Olinda, no Museu de Arte da Bahia, Salvador, e no Palácio das Artes, Belo Horizonte. Participa das mostras: “Tradição e Ruptura”, na Fundação Bienal de São Paulo; “Expressionismo no Brasil – Heranças e Afinidades”, 18ª Bienal Internacional de São Paulo; “Seis Décadas de Arte Moderna”, na Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Executa painel para as Organizações Globo, em comemoração aos 80 anos do jornalista Roberto Marinho.

1985
Participa do II Seminário de Melhoria de Materiais da Funarte e do I Seminário de Cultura, em Brasília, promovido pelo Ministério da Cultura. Participa da exposição “Brasilidade e Independência” – Ministério de Cultura e Galeria São Paulo, em Brasília. Inicia o painel Inconfidência Mineira, atendendo a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, autor do projeto do Panteão Nacional de Brasília.

1986
Falecimento do pai.

Conclui o painel Inconfidência Mineira, para o Panteão Nacional, Brasília. Expõe Estudos: desenhos, pinturas, litografias do painel Inconfidência Mineira, na Galeria AM-Niemeyer, Rio de Janeiro. Integra a 1ª mostra “Christian Dior da Arte Contemporânea”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Expõe o painel O Olho de Meu Pai Sobre a Cidade, na exposição “Painéis”, Artespaço Galeria de Arte, Recife, e na II Bienal de Havana, Cuba.

1987
Lança o álbum de litografias O Olho de Meu Pai Sobre a Cidade, nas galerias Artespaço, Recife, e Montesanti, Rio de Janeiro e São Paulo. Coordena a exposição “Litografia-Oficina Guaianases de Gravura-Olinda”, na Galeria de Arte Álvaro Conde, Vitória, Espírito Santo, da qual participa como expositor e palestrante. Participa da mostra “Ao Colecionador”, comemorativa do livro Entre Dois Séculos – Arte Brasileira do Século XX na Coleção Gilberto Chateaubriand, de Roberto Pontual, no MAM, Rio de Janeiro, e da exposição “Modernidade – Arte Brasileira do Século XX”, no Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, França. Inicia a série Duas Cidades. Recebe a comenda da Ordem do Rio Branco – Grau de Oficial.

1988
Participa das exposições “Modernidade – Arte Brasileira do Século XX”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e Le Dejeuner sur l’Art – Manet no Brasil, na Escola de Artes Visuais, Parque Lage, Rio de Janeiro. Realiza exposição de caráter retrospectivo (92 obras, entre pinturas e gravuras) no Staatliche Kunsthalle Berlin, Alemanha. Expõe litografias no Museu de Arte Contemporânea do Paraná e em sala especial na VIII Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba. Recebe o prêmio de Melhor Cartaz no 9° Festival Latino-Americano de Cinema e Televisão de Havana, Cuba, com o cartaz para o filme Guerra do Brasil, de Sylvio Back. Participa da exposição “Os Ritmos e as Formas – Arte Brasileira Contemporânea”, no Serviço Social do Comércio SESC Pompéia, São Paulo, e, no ano seguinte, em Copenhague, Dinamarca.

1989
Integra a exposição “Os Ritmos e as Formas – Arte Brasileira Contemporânea”, no Museu Charlottenborg, Copenhague, Dinamarca. Participa, com litografias, das mostras: “Luzes da República”, na Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, “Cada Cabeça Uma Sentença”, na Universidade Federal de Juiz de Fora, e “Gravura Brasileira – Quatro Temas”; “A Gravura Social”, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. Integra a exposição “8 Artistas Pintam a Revolução Francesa”, na Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro. Expõe o tríptico O Tango em Maracorday e 20 pinturas sobre papel, Os Papéis do Amigo do Povo, na Galeria Multiarte, Fortaleza, Ceará.

1990
Participa das exposições: “Brasília, 30 Anos”, na Performance Galeria de Arte, Brasília, e “Brasil-Japão de Arte Contemporânea”, Tóquio, Sapporo e Atomi, no Japão, promovida pela Associação Mokiti Okada do Brasil – MOA – e apresentada no Brasil, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, no Salão Negro do Congresso Nacional, Brasília, e no Museu de Arte de São Paulo, São Paulo. Realiza exposições individuais: na Galeria São Paulo, São Paulo, onde expõe o conjunto de pinturas Gêneros, incluindo duas obras da série Duas Cidades, e na Galeria Poli, Berlim. Participa da ECO – 90, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. Recebe o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte pela exposição Gêneros.

1991
Realiza exposição individual de desenhos, “Riscos”, promovida pela Fundação Joaquim Nabuco e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, na Fundaj, Recife. Recebe o diploma Lula Cardoso Ayres do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco.

1992
Integra a mostra “As Artes do Poder”, Paço Imperial, Rio de Janeiro. Participa da Feira de Arte de Miami, Flórida, EUA, e da exposição “Representação – Presenças Decisivas”, Paço das Artes, São Paulo.

1993-94
Exposição individual na Maison de l’Amérique Latine, Paris, França. Participa da mostra “Xilogravura: do Cordel à Galeria”, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba, em João Pessoa, e no Museu de Arte de São Paulo.

1994
Exposição individual: “João Câmara – Além das Circunstâncias”, no SESC Pompéia, São Paulo, e no Museu Charlottenborg, Copenhague, Dinamarca. Expõe também em várias cidades da Dinamarca um conjunto amplo de litografias. Exposição individual na Galeria Kulturhaus Altes Rathaus, Potsdam, Alemanha. Expõe Cenas da Vida Brasileira (Pinturas), na Henie – Onstad Kunstsenter, Oslo, Noruega. Reinstala a obra restaurada Exposição e Motivos da Violência no Museu de Arte de Brasília, e aí, em Brasília, realiza mostra de desenhos dos anos 60. Participa da exposição “Os Novos Viajantes”, no SESC Pompéia, São Paulo, da mostra de inauguração da Plêiade Galeria de Arte, no Recife, e da exposição “Bienal Brasil Séc. XX”, na Fundação Bienal, São Paulo.

1995
Participa de exposições coletivas: “Brazil Brazil”, grande Hotel Hyat, Hong Kong; “Além da Taprobana”, mostra itinerante, em Portugal e no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. Exposições individuais: na Dan Galeria, São Paulo; no MAC, São Paulo, com a mostra “Cenas em Preto e Branco” (interpretações em tela de litografias da série Cenas da Vida Brasileira). Lançamento do livro João Câmara, de Almerinda da Silva Lopes, coleção Artistas Brasileiros da Editora da USP. A Oficina Guainases de Gravura, da qual é sócio fundador, tem seu maquinário e acervo absorvidos pelo curso de Teoria da Arte do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Gravura, da Universidade Federal de Pernambuco. Prêmio Personalidade da Associação da Imprensa de Pernambuco e medalha Joaquim Nabuco da Assembléia Legislativa de Pernambuco. É agraciado com as comendas: Ordem do Mérito Capibaribe da Cidade do Recife, Grau de Cavalheiro, e Ordem do Rio Branco, Grau de Comendador.

1996
Expõe pinturas na Lúcio Rodrigues Gallery, Miami, Estados Unidos. Sala Especial na XV Arte Pará, Palácio Lauro Sodré, Belém do Pará. Participa da mostra “Arte Brasileira Contemporânea”, Leverkusen e Dormagen, na Alemanha, e no Museu de Arte Moderna, em São Paulo. Mostra Escenas de la Vida Brasileña, no Centro Cultural da Embaixada do Brasil, Assunção, Paraguai. Exposição Virtual de João Câmara, apresentação e acesso via Internet à homepage do artista, no Instituto de Arte Contemporânea da Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Recebe Medalha do Mérito da Fundação Joaquim Nabuco.

1997
Participa das exposições: “1ª Bienal do Mercosul”, Porto Alegre; “Brasilidade – Coletânea de Artistas Brasileiros”, na Marina Potrich Galeria de Arte, Goiânia, Goiás; e Recent Paintings, na Neuhoff Gallery, Nova York, EUA. Inicia publicação da coluna Imagens Digitais no Diário de Pernambuco, atividade que se estenderá até 1999.

1998
Participa da mostra “Figurações, 30 anos na Arte Brasileira”, Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo. Expõe a série de pinturas e litografias Cenas da Vida Brasileira 1930/1954, no Museu de Arte Moderna, Recife, série que, em 1980, por meio da Prefeitura e da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, foi incorporada ao acervo do museu. Recebe os títulos de Cidadão do Recife, da Câmara Municipal do Recife, e de Cidadão de Pernambuco, concedido pelo Poder Legislativo do Estado de Pernambuco.

1999
Publica o livro Originais, Modelos e Réplicas, com posfácio de Ferreira Gullar. Participa da “Eletromídia da Arte” – 3ª exposição Virtual, no Museu da Casa Brasileira, São Paulo; da II Grande Coletiva da Arte Brasileira, na galeria Marina Potrich, Goiânia; de “Imagens da Liberdade – Inconfidência Mineira”, na Fundação Clóvis Salgado, Minas Gerais; e “Obras em Destaque”, na Dan Galeria, São Paulo. Recebe da Câmara Municipal do Recife o título de Cidadão Honorário do Recife. Recebe Menção Honrosa na VI Bienal lnternacional de Pintura, Cuenca, Equador. A convite de José Nêumanne Pinto, editor do Jornal da Tarde, inicia publicação de textos na coluna Arte pela Arte, daquele jornal.

2000
Falecimento da mãe.

Participa das exposições: “Almeida Junior: Um Artista Revisitado”, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e da “Mostra do Redescobrimento: Brasil   500″ – Carta de Pero Vaz de Caminha, promovida pela Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, São Paulo. É lançado o filme documentário João Câmara, 35 mm, 30 min, de Moacyr de Oliveira.

2001
Conclui a série Duas Cidades, na qual vinha trabalhando desde 1987. É agraciado com a Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República do Brasil, Grau de Comendador.

2002
Expõe a série Duas Cidades, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, e no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Participa do 45º Salão do Estado de Pernambuco, nas instalações da antiga Fábrica de Tacaruna.

2003
A obra Auto-Retrato, da série Duas Cidades, é incorporada à coleção de autorretratos da Galleria degli Uffizi – Florença, Itália; viagem do artista à Itália para entrega da obra, com o Ministro da Cultura Gilberto Gil. Realização de obras em grande formato: Pequeno Teatro, O Anjo de HM e A Fronteira da Dalmácia. Adquire a casa nas Graças, Recife, que foi, sucessivamente, dos escritores José Antônio Gonsalves de Mello e Renato Carneiro Campos. Projeto para instalar aí acervo pessoal e entidade de cultura. A exposição Duas Cidades é mostrada no Museu do Estado de Pernambuco, inaugurando o espaço anexo reformado. O livro Trilogia é lançado na mesma ocasião.

2004
Lançamento do livro Trilogia na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Transfere seu acervo e documentação sobre sua obra para reserva técnica na Rua das Pernambucanas, 420, Graças, Recife. Realiza o painel Cinco Continentes para o Aeroporto Internacional dos Guararapes, Recife, Pernambuco. Prêmio Clarival do Prado Valladares, ano 2004 – “Trajetória de um Artista” – da Associação Brasileira de Críticos de Arte. A exposição Duas Cidades é mostrada no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba-PR.

2005
Recebe o Prêmio Clarival do Prado Valladares, concedido em 2004 – “Trajetória de um Artista” – da Associação Brasileira de Críticos de Arte.

Nascimento do neto João, filho de João Câmara Neto e Roberta Câmara Ferro Ribeiro de Gusmão.

2006
Trabalha, em grandes formatos, obras baseadas em temas literários. Paralelamente, comenta estas obras em vídeo. Conclui o segundo mandato no Conselho Estadual de Cultura  de Pernambuco.

2007 / 2008
Participa de exposições coletivas no Recife e São Paulo. Produz obras de formato médio,  independentes do conjunto de temas literários, em progresso. Lançamento em São Paulo, Recife e Rio de Janeiro do livro João Câmara  com texto de Weydson Barros Leal, Edição JJCAROL.

2009
Executa o painel Tributo a Celso Furtado para a Ordem dos Economistas de São Paulo. Inicia os estudos do  painel Comércio, para a Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Participa de exposições coletivas, no Recife. Começa a trabalhar em pinturas e objetos da nova série sobre temas literários, com obras em grande formato.

2010
Conclui e instala o painel Comércio. Escreve e publica 18.250 dias, sobre seus 50 anos de trabalho com pintura. Participa de exposições coletivas, incluindo exposição de obras raras do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC) e a exposição “Novos Mundos Novos” do Santander Cultural.

Nascimento da neta Clarice, filha de João e Roberta. 

2011
Instituto de Arte Contemporânea recebe a seleção de litografias, “Acervo Guaianases”, com obras assinadas por João Câmara e Delano, percursores da oficina de gravura.

2012
É publicado o livro ABISHAG – Hóspede inevitável, ficção escrita e ilustrada por João Câmara.

2015
Publica o livro Litografias de João Câmara, coletânea de seus trabalhos com gravura. Continua a execução dos trabalhos em grandes formatos para a série baseada em obras literárias, entre outras pinturas.

Estúdio

João Câmara

Uma das mais antigas cidades do Brasil, Olinda, vizinha do Recife, foi fundada por Duarte Coelho, em 1537.

Em 1630, no início do domínio holandês, foi incendiada. Reconstruída, foi capital da província de Pernambuco, sendo, hoje, município autônomo. É reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade.

Desde os anos 60, muitos artistas trabalham e residem na cidade.

O estúdio do pintor, sediado em Olinda, foi projetado pelo arquiteto Vital Pessoa de Melo.

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Ensaios Críticos

Bibliografia

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